21 de maio de 2025
Marketing, Marketing Digital

Como o Burger King transformou o pior time do mundo em uma sensação global
No universo do marketing, às vezes, as melhores oportunidades surgem justamente onde ninguém mais está olhando. Foi exatamente isso que o Burger King fez ao tomar uma decisão que, à primeira vista, parecia um tiro no escuro: patrocinar o Stevenage FC, um time da quarta divisão inglesa, afundado na lanterna do campeonato. Para muitos, era uma escolha sem sentido. Mas para quem entende de branding e presença digital, era o início de uma jogada ousada e extremamente estratégica.
Ao invés de buscar visibilidade na televisão ou nas mídias tradicionais, o Burger King mirou em um território pouco explorado, mas com um potencial gigantesco: o mundo dos games. Mais especificamente, o FIFA 20, uma das franquias de jogos mais populares do planeta. E o melhor? O Stevenage, mesmo sendo pequeno, ainda fazia parte do jogo. Isso significava exposição global com um investimento muito menor do que patrocinar um time de elite.
Essa campanha não só colocou o Burger King no radar da comunidade gamer como também transformou o Stevenage FC em um ícone digital momentâneo. Camisas se esgotaram, o time virou sensação online e a marca conquistou um espaço valioso no coração de milhares de jogadores ao redor do mundo. Tudo isso mostrando que, no marketing moderno, entender o comportamento do público é tão importante quanto ter um grande orçamento.
Uma jogada de mestre: o patrocínio que ninguém entendeu
O cenário desolador do Stevenage FC antes da campanha
Antes de 2019, o Stevenage FC era praticamente invisível no cenário esportivo. Com partidas vazias, resultados desanimadores e zero apelo midiático, o clube estava enterrado na quarta divisão inglesa. Seu nome era desconhecido até mesmo por muitos torcedores apaixonados por futebol, o que o tornava improvável até como figurante em uma propaganda.
No entanto, essa falta de brilho era justamente o que o tornava interessante sob uma perspectiva diferente. Em um mundo onde todos querem se associar aos grandes, enxergar valor no “azarão” pode ser uma jogada de mestre. Foi isso que o Burger King entendeu e decidiu apostar no que ninguém mais via como oportunidade.
Além disso, o baixo custo de exposição fazia do Stevenage uma escolha inteligente. Com pouco investimento, a marca conseguiria estampar seu logo em um uniforme oficial, algo que seria infinitamente mais caro com um time renomado. Essa visão estratégica, ainda que parecesse arriscada, mostrava que o Burger King estava enxergando algo muito maior que os 90 minutos em campo.
Por que escolher um time sem expressão pode ser genial
À primeira vista, patrocinar um time fraco parece um erro de cálculo. Mas quando se olha além da superfície, percebe-se que times assim carregam algo que os gigantes já perderam: espaço para crescer. O Stevenage, por ser quase desconhecido, tinha um apelo de autenticidade que ressoava com públicos que gostam de histórias de superação e originalidade.
Além disso, em tempos em que a saturação publicitária é um problema real, estar em lugares inesperados pode ser exatamente o que uma marca precisa. O Burger King não queria apenas aparecer — ele queria ser lembrado. E, para isso, precisava estar onde ninguém mais estava olhando, provocando curiosidade e conversa.
Essa estratégia também gerava uma narrativa envolvente: uma marca ousada ajudando um time pequeno a ganhar o mundo. Isso cria identificação, principalmente entre os jovens, que muitas vezes se sentem como “os menores” em seus próprios contextos. A conexão emocional, nesse caso, é instantânea e poderosa.
O que as marcas podem aprender com essa ousadia
Esse case do Burger King é um verdadeiro manual de criatividade para quem trabalha com marketing. Ele mostra que, muitas vezes, as melhores ideias não surgem do orçamento mais alto, mas da capacidade de ver além do óbvio. E isso é algo que toda marca, grande ou pequena, pode aplicar na sua comunicação.
Ao invés de disputar os mesmos espaços que todos os concorrentes, por que não procurar por novas arenas? Ao invés de buscar os holofotes, por que não conquistar atenção com inteligência e originalidade? O Stevenage FC virou um palco para uma campanha global porque alguém teve a coragem de pensar diferente.
Portanto, essa história é um convite à ousadia. Não para apostar de forma cega, mas para observar com atenção e encontrar valor onde outros veem apenas fracasso. Afinal, como mostrou o Burger King, às vezes a melhor jogada não é aquela que todo mundo entende de cara, é a que faz sentido quando o mundo inteiro começa a prestar atenção.
O verdadeiro campo de jogo: de um estádio vazio ao mundo digital
A sacada por trás do FIFA 20 como mídia global
Enquanto muitos ainda viam o futebol como algo restrito aos gramados, o Burger King enxergou uma possibilidade onde poucos estavam olhando: o universo dos games. O FIFA 20, um dos jogos mais jogados do planeta, é mais do que uma diversão, é uma plataforma global, com milhões de jogadores conectados todos os dias. E o mais interessante? Todos os clubes licenciados estão ali, independentemente da sua fama ou posição no ranking.
Foi nesse detalhe que a marca apostou com ousadia. Ao estampar sua logo na camisa do Stevenage FC, ela garantiu presença constante no FIFA 20, mesmo que o time não tivesse qualquer visibilidade na TV. Isso significa que, de forma sutil e eficiente, o Burger King colocou sua marca ao lado de gigantes como Real Madrid e Manchester City, sem pagar o preço de um patrocínio milionário.
Além disso, como o Stevenage era um dos times mais fracos, ele se tornava a escolha favorita de jogadores que curtiam desafios no modo carreira. Isso fez com que a marca aparecesse em incontáveis partidas virtuais ao redor do mundo, multiplicando sua exposição de maneira inteligente, orgânica e altamente escalável
Como o ambiente digital virou vitrine para marcas criativas
Essa ação mostrou, de forma clara, que o digital é muito mais do que um suporte complementar, ele pode ser o palco principal de campanhas geniais. O jogo FIFA se transformou numa vitrine inesperada, capaz de conectar marcas a audiências globais sem precisar de mídia tradicional. E isso, claro, chamou a atenção do público de maneira totalmente diferente.
A estratégia do Burger King vai além da presença visual. Ela tocou em algo que os gamers valorizam profundamente: autenticidade. Ao patrocinar um time pequeno, a marca se posicionou como alguém que apoia o “underdog”, ou seja, aquele que não é favorito, mas tem potencial. Isso gera identificação e simpatia imediata, especialmente em um meio onde a comunidade costuma desconfiar de ações publicitárias forçadas.
Portanto, essa iniciativa prova que o ambiente digital oferece muito mais do que cliques. Ele permite que marcas criem experiências, se conectem emocionalmente e, acima de tudo, gerem conversas. Para quem busca relevância, não há espaço mais fértil do que as plataformas onde o público já está envolvido de forma voluntária.
A conexão emocional entre jogadores e marcas no universo gamer
Quando um jogador escolhe o Stevenage FC no modo carreira do FIFA, ele não está apenas tomando uma decisão estratégica, ele está criando uma narrativa. E, ao ver o logo do Burger King ali, estampado na camisa virtual do time, essa narrativa passa a incluir a marca de forma natural e simbólica. É um storytelling em tempo real, onde o jogador se sente protagonista e a marca vira aliada.
Esse tipo de conexão é poderosa porque vai além do consumo. Não se trata apenas de lembrar de um comercial, mas de viver uma experiência com a marca. Os jogadores criaram laços com o time, com seus próprios desafios virtuais, e com o Burger King por estar presente nesse contexto tão pessoal.
Mais do que números e cliques, essa campanha gerou afeto. E no mundo do marketing, poucas coisas são tão valiosas quanto isso. Ao entrar de forma legítima no universo gamer, o Burger King conquistou um espaço que muitas marcas tentam, mas poucas conseguem alcançar: o coração do público.

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O desafio que explodiu nas redes: Stevenage Challenge
Como transformar um jogo virtual em tráfego real para a marca
A jogada do Burger King ficou ainda mais interessante quando eles decidiram transformar a brincadeira virtual em uma ação promocional real. Surgia então o Stevenage Challenge: a proposta era simples, mas extremamente eficaz, se você marcasse um gol com o Stevenage no FIFA 20 e postasse nas redes sociais, ganhava um lanche grátis. Simples assim.
Essa mecânica ativou dois gatilhos fortíssimos: o senso de comunidade e o desejo por recompensas. Afinal, quem não gostaria de ganhar um burger apenas por se divertir no videogame? Essa proposta irresistível fez com que milhares de pessoas corressem para escolher o Stevenage no jogo, registrassem seus gols e compartilhassem a experiência com a marca.
Como resultado, o tráfego nas redes sociais da campanha explodiu, criando um fluxo constante de menções, engajamento e, claro, publicidade espontânea. A ideia era tão criativa e fácil de aderir que os próprios jogadores viraram os embaixadores da ação. E tudo isso, vale lembrar, com um custo de mídia extremamente baixo.
O engajamento orgânico como motor de campanhas virais
O verdadeiro poder dessa campanha estava no engajamento orgânico. Diferente de muitas ações que dependem de investimentos massivos para alcançar o público, o Stevenage Challenge cresceu de forma natural, impulsionado por quem realmente importa: as pessoas. Jogadores do mundo todo passaram a compartilhar seus gols com orgulho, criando um efeito de rede que nenhuma verba de mídia seria capaz de replicar com a mesma autenticidade.
E mais: cada post, cada vídeo e cada print gerado era uma forma de reforçar a presença do Burger King no imaginário do consumidor. A marca virou assunto não apenas entre gamers, mas também entre profissionais de marketing, influenciadores e até veículos de comunicação, curiosos para entender como uma ação tão simples podia ter tanto impacto.
Esse tipo de resultado mostra o quanto o comportamento humano é um ativo valioso para campanhas publicitárias. Quando a experiência é divertida, recompensadora e compartilhável, ela se espalha sozinha. E, nesse cenário, o Burger King se destacou como uma marca que soube ouvir, entender e agir de forma certeira.
Resultados impressionantes com ações de baixo custo
Para além da visibilidade, os números também impressionaram. Mais de 25 mil gols foram compartilhados nas redes sociais, transformando o Stevenage FC, aquele time antes esquecido, em um dos clubes mais jogados do FIFA 20. Pela primeira vez na história, as camisas do time se esgotaram, tanto nas lojas físicas quanto online.
Isso mostra que impacto não está necessariamente ligado a grandes investimentos. O segredo foi criar algo que tivesse potencial emocional, cultural e social. Uma campanha simples, com um custo acessível, que soube aproveitar o timing e os canais certos para gerar um buzz global.
O Burger King conseguiu algo raro: ser relevante no digital, impulsionar vendas reais e ainda criar valor de marca. Tudo isso sem comprar atenção, mas conquistando-a com criatividade e estratégia. Um verdadeiro gol de placa no marketing contemporâneo.
O poder da inteligência cultural no marketing
Compreender o comportamento é mais valioso que gastar milhões
Em tempos de excesso de informação e publicidade em todo canto, entender como as pessoas pensam, sentem e consomem é o verdadeiro ouro do marketing moderno. O Burger King demonstrou isso ao apostar em uma ação que, embora pequena no papel, foi gigante na forma como se conectou com o público. Em vez de apenas tentar aparecer mais, a marca buscou aparecer melhor, no lugar certo, da maneira certa.
Com isso, mostrou que compreender o comportamento é muitas vezes mais eficiente do que despejar milhões em campanhas genéricas. Enquanto outras marcas focavam em patrocínios óbvios, o BK olhou para o que realmente movia seu público: o jogo, o desafio, o reconhecimento, a diversão. Tudo isso dentro de um ambiente onde o consumidor já está emocionalmente engajado.
Essa sensibilidade para captar a cultura gamer, somada a uma execução criativa, transformou o que seria apenas mais uma ação publicitária em um case de estudo global. E o melhor? Essa abordagem pode ser adaptada por marcas de qualquer tamanho. Basta ouvir, observar e agir com propósito.
O timing perfeito: quando a mensagem encontra o momento certo
Uma das grandes forças dessa campanha foi o timing. Lançar o Stevenage Challenge no auge da popularidade do FIFA 20 garantiu que a ação pegasse carona em um momento de atenção máxima. Além disso, o fato de as pessoas estarem mais conectadas do que nunca criou o cenário ideal para algo assim se espalhar com rapidez.
Em marketing, saber o quando é tão importante quanto saber o como. O Burger King acertou em cheio ao perceber que aquele era o instante certo para lançar algo divertido, interativo e socialmente compartilhável. Isso fez com que a ação se tornasse quase inevitável nas redes sociais, surfando a onda do jogo e da cultura gamer de maneira natural.
Essa lição é valiosa para qualquer marca: escutar o mercado, identificar tendências e agir no tempo certo pode ser o fator decisivo entre o sucesso e o esquecimento. O BK não só entrou no jogo, como fez isso no exato momento em que todos estavam prestando atenção.
A união entre o físico e o digital como diferencial estratégico
Outro ponto genial dessa ação foi a forma como ela conectou o digital com o físico. Jogadores faziam gols no ambiente virtual, mas a recompensa vinha no mundo real, com lanches gratuitos. Essa fusão entre os dois universos gerou uma experiência completa, divertida no online, gratificante no offline.
Hoje, os consumidores buscam exatamente isso: experiências fluidas entre canais. Não basta mais estar presente em todas as plataformas, é preciso conectar essas presenças de forma estratégica e coerente. O Burger King entendeu isso com maestria e criou uma ponte emocional entre o game e a vida real.
Ao fazer isso, a marca reforçou seu posicionamento como ousada, antenada e próxima dos jovens. E mais: mostrou que é possível transformar interações digitais em resultados tangíveis, algo que toda empresa busca, mas nem todas conseguem executar com sucesso.
Conclusão
No fim das contas, o que parecia apenas mais uma ação publicitária virou um verdadeiro fenômeno cultural. O Burger King enxergou valor onde ninguém mais via, apostou em um time desacreditado e transformou isso em uma estratégia de marketing memorável. Tudo isso sem gastar milhões, mas com inteligência, criatividade e, principalmente, sensibilidade para entender o comportamento do seu público.
Esse case nos mostra que o sucesso está muito mais ligado à capacidade de inovar do que ao tamanho do investimento. Que com as escolhas certas, o improvável pode se tornar extraordinário. E que, com uma boa história, qualquer marca pode conquistar o mundo, mesmo começando do zero.
Aqui na AnonMedia, acreditamos exatamente nisso. Ajudamos empreendedores e marcas a enxergarem oportunidades escondidas, a se posicionarem de forma única e a criarem campanhas que realmente conectam com o público. Se você quer transformar sua empresa em um case de sucesso, fale com a gente.
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Mikaellen Gonçalves
Com licenciatura em Inglês, a Mikallen é redatora em dois idiomas e também Analista de Marketing e Publicidade. Ama Friends e não perde um episódio de The Office na hora do almoço.
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